Sim, vamos falar de próteses dentárias, não leram mal. Eu sei que é um tema um tanto ou quanto estranho e imprevisível, mas é algo que precisa de ser exposto ao mundo. Isto porque tenho ouvido tantas histórias alucinantes sobre as infames "placas" (o street name das próteses) que eu cheguei à conclusão que há algo de errado com elas. Parecem invenção do "demo". Vou então partilhar convosco três histórias verídicas e inacreditáveis envolvendo placas. Aviso desde já quem tem estômago sensível, leiam com cautela.
***
«Prótese em Fuga»
Era hora de almoço e chovia a potes. Uma senhora e a sua mãe idosa iam almoçar a um restaurante de fast-food, mas, infelizmente, não tinham chapéu de chuva. As duas adoráveis senhoras correram rua afora conforme as suas pernocas deixavam, até que a certa altura, a pobre idosa espirrou e pumbas, lá sai a prótese disparada da sua boca, a qual derrapa no pavimento de alcatrão uns bons metros. A senhora sua filha, já toda enervada com aquela situação toda, apanha a prótese, dá-lhe uma sopradela e volta a enfiá-la na boca da mãe, aplicando assim a "regra dos cinco segundos". É como diz o velho ditado popular, "em tempo de guerra, não se limpam armas". Felizmente, a prótese não sofreu um único arranhão e a sua proprietária foi lavá-la decentemente assim que lhe foi possível. Tudo acabou em bem.
«Sorriso Canino»
Era uma vez uma senhora que usava prótese dentária. Um dia como todos os outros, sentou-se no sofá a descansar um pouco, até que a prótese começou a causar-lhe algum desconforto. Então, a senhora decidiu retirá-la da boca e colocou-a em cima de uma mesinha de apoio ao lado do sofá, porque lhe deu a preguiça de se levantar e ir guardá-la na casa de banho. A certa altura, a senhora começou a ouvir a sua cadelinha a roer algo, mas não deu muita importância. Até que começou a pensar que não tinha dado nenhum osso à cadela, então decidiu ir ver o que a bichinha estava a roer. Quando deu com ela, a cadela tinha a prótese da dona na boca, e por coincidência ficou tão bem colocada que os dentes pareciam pertencer ao pobre animal. E novamente, a prótese sobreviveu e a sua proprietária continua a usá-la. Quem diriam que as próteses são tão resistentes, hã?
 |
Esta história fez-me lembrar deste anúncio da Pedigree. |
«Desaparecido em Combate»
Uma senhora muito gulosa estava a comer um pastel de nata, até que um dos dentes da sua prótese se descolou e ela acabou por engoli-lo. A senhora ficou escandalizada por perder o seu dente assim, mas não se deixou vencer assim tão facilmente. Nos dias seguintes, sempre que tinha de fazer as suas necessidades sólidas, forrava o bidé com um plástico, fazia ali as suas necessidades e, com a ajuda de um pauzinho, lá ia ela em busca do dente perdido, qual paleontóloga à procura de ossos de dinossauro. Passado um ou dois dias, finalmente a senhora lá deu com o dente. O que é que ela fez? Desinfectou-o muito bem, e levou-o ao dentista para que ele voltasse a colá-lo na prótese. E até aos dias de hoje, o dente ainda lá está branquinho, são e salvo.
FIM.
***
Espero que tenham gostado destas historietas e que se tenham rido tanto a ler como eu a escrever. Até me dói as bochechas.
Beijocas, minhas coisas mais lindas.
Sara Marques
 |
Pelos vistos, até no Brasil sofrem com este flagelo. |