quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Playlist do momento (#1)

Como sabem, eu sou completamente viciada em música. E apesar de ouvir de tudo um pouco, quando descubro uma música pela primeira e gosto dela, ouço-a até à exaustão. Vou partilhar convosco as músicas que ando a ouvir no momento.

Fall Out Boy - The Phoenix
Os FOB são uma banda que eu acompanho desde os meus 14 anos. Ainda hoje deliro com as suas músicas, porque têm um estilo um pouco alternativo, numa mistura de pop, rock e punk, e parece que nos transporta para um filme cheio de acção e aventura. Quando escrevo, inspiro-me muito em músicas. Esta e outras músicas dos FOB são como catalisadores no meu processo da escrita.

I Was The Lion - Never Take Me Alive
Descobri esta música a semana passada graças ao maravilhoso Spotify. Esta música também tem sido óptima para me inspirar.
A letra não tem muito que se lhe diga, o título fala por si, mas a melodia especificamente, é brutal. Parece mesmo saída de um filme de acção.

Kodaline - Head Held High
Descobri os Kodaline o ano passado e amei. As melodias são espectaculares e as letras têm sempre muito significado. Esta música em particular é super animada e positiva. Fala sobre às vezes a nossa vida não ser o que esperávamos e sentirmo-nos desanimados porque nem sempre as coisas correm como nós gostávamos, mas dá-nos o incentivo a ver o lado positivo da coisa e a termos esperança, não importam os obstáculos que nos apareçam pela frente. O importante é, como diz o refrão, manter a cabeça erguida.

Sintam-se à vontade para deixarem as vossas sugestões de músicas que vos inspiram ou que simplesmente gostam nos comentários. (ali mais abaixo da página, estão a ver? Diz "enviar comentário". Não sejam tímidos, eu não vos mordo. Muito.)

Beijoquinhas, minhas coisas mais lindas.
Sara Marques 


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Um flagelo chamado próteses dentárias

Sim, vamos falar de próteses dentárias, não leram mal. Eu sei que é um tema um tanto ou quanto estranho e imprevisível, mas é algo que precisa de ser exposto ao mundo. Isto porque tenho ouvido tantas histórias alucinantes sobre as infames "placas" (o street name das próteses) que eu cheguei à conclusão que há algo de errado com elas. Parecem invenção do "demo". Vou então partilhar convosco três histórias verídicas e inacreditáveis envolvendo placas. Aviso desde já quem tem estômago sensível, leiam com cautela.

***

«Prótese em Fuga»

Era hora de almoço e chovia a potes. Uma senhora e a sua mãe idosa iam almoçar a um restaurante de fast-food, mas, infelizmente, não tinham chapéu de chuva. As duas adoráveis senhoras correram rua afora conforme as suas pernocas deixavam, até que a certa altura, a pobre idosa espirrou e pumbas, lá sai a prótese disparada da sua boca, a qual derrapa no pavimento de alcatrão uns bons metros. A senhora sua filha, já toda enervada com aquela situação toda, apanha a prótese, dá-lhe uma sopradela e volta a enfiá-la na boca da mãe, aplicando assim a "regra dos cinco segundos". É como diz o velho ditado popular, "em tempo de guerra, não se limpam armas". Felizmente, a prótese não sofreu um único arranhão e a sua proprietária foi lavá-la decentemente assim que lhe foi possível. Tudo acabou em bem.


«Sorriso Canino»

Era uma vez uma senhora que usava prótese dentária. Um dia como todos os outros, sentou-se no sofá a descansar um pouco, até que a prótese começou a causar-lhe algum desconforto. Então, a senhora decidiu retirá-la da boca e colocou-a em cima de uma mesinha de apoio ao lado do sofá, porque lhe deu a preguiça de se levantar e ir guardá-la na casa de banho. A certa altura, a senhora começou a ouvir a sua cadelinha a roer algo, mas não deu muita importância. Até que começou a pensar que não tinha dado nenhum osso à cadela, então decidiu ir ver o que a bichinha estava a roer. Quando deu com ela, a cadela tinha a prótese da dona na boca, e por coincidência ficou tão bem colocada que os dentes pareciam pertencer ao pobre animal. E novamente, a prótese sobreviveu e a sua proprietária continua a usá-la. Quem diriam que as próteses são tão resistentes, hã?
Esta história fez-me lembrar deste anúncio
da Pedigree.


«Desaparecido em Combate»

Uma senhora muito gulosa estava a comer um pastel de nata, até que um dos dentes da sua prótese se descolou e ela acabou por engoli-lo. A senhora ficou escandalizada por perder o seu dente assim, mas não se deixou vencer assim tão facilmente. Nos dias seguintes, sempre que tinha de fazer as suas necessidades sólidas, forrava o bidé com um plástico, fazia ali as suas necessidades e, com a ajuda de um pauzinho, lá ia ela em busca do dente perdido, qual paleontóloga à procura de ossos de dinossauro. Passado um ou dois dias, finalmente a senhora lá deu com o dente. O que é que ela fez? Desinfectou-o muito bem, e levou-o ao dentista para que ele voltasse a colá-lo na prótese. E até aos dias de hoje, o dente ainda lá está branquinho, são e salvo.

FIM.

***

Espero que tenham gostado destas historietas e que se tenham rido tanto a ler como eu a escrever. Até me dói as bochechas.

Beijocas, minhas coisas mais lindas.
Sara Marques

Pelos vistos, até no Brasil sofrem com este flagelo.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Só comigo (#2)

Corria o ano de 2005. A jovem Sara, então com 12 anos, correu para o cinema em Peniche (sim, Peniche chegou a ter uma sala de cinema. Bons velhos tempos) para assistir ao filme "Batman - O Início". Como podem notar, o meu fascínio por super-heróis já vem de há muitos anos. Na verdade, tudo começou pelo X-Men e o Homem Aranha, mas acabei por ficar fã do Batman também (apesar de pertencer a outra "equipa", se é que me entendem).
Gostei imenso do filme, da personagem de Bruce Wayne, do seu alter ego de super-herói, da cidade de Gotham, que tinha tanto de sinistra como de fascinante... Gostei tanto que fiquei com uma vontade doida de a visitar um dia. Pois... já estão a ver a cena, não é? Mas esperem, o melhor está por vir. Não sei se foi a inocência dos meus 12 anos, ou se foi pura ignorância, mas depois de ver o filme, voltei para casa, e a primeira coisa que fui fazer foi procurar a cidade de Gotham num atlas (isto porque, no meu tempo, nem toda a gente tinha internet em casa. Eu era uma dessas pessoas. Sempre que quisesse pesquisar algum assunto, tinha de recorrer a enciclopédias). Repetição para ênfase: eu procurei Gotham num atlas. Corri o mapa dos Estudos Unidos (óbvio) de uma ponta à outra e ainda fui ao índice, e nada. Como devem calcular, foi uma grande desilusão descobrir que Gotham era uma cidade fictícia. Fiquei com um trauma para o resto da vida.
E é isto. Eu era mesmo retardada.

Boa noite, minhas coisinhas lindas
Sara Marques

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Sara's Mixtape #2

"We grow up,
Never grow old..."
- Paramore, Grow Up

"I'm bulletproof, nothing to lose
Fire away, fire away
Ricochet, you take your aim
Fire away, fire away,
You shoot me down, but I won't fall
I am titanium..."
- David Ghetta ft. Sia, Titanium

"You are an artist
Your heart is your masterpiece..."
- Sleeping At Last, I'll Keep You Safe

"Even the darkest night will end
And the sun will rise..."
- Les Misérables Soundtrack, Epilogue


segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Desfile de moda inverno penicheiro

Boa noite, minhas coisinhas mais lindas e fofas! Espero que tenham sobrevivido a esta segunda-feira gelada. E por falar em frio de morte, hoje o pessoal teve de se agasalhar bem, certo? Errado! Não sei o que deu às garotas aqui da terra, o frio deve ter-lhes congelado os neurónios de tal forma que nem conseguiram decidir conscientemente o que vestir para enfrentar este tempo glacial.
Ora bem, o que é que sucede... ia eu com a minha querida amiga, a Miss Light Rock (entendedores entenderão), na rua, as duas todas enchouriçadas com camisolas de lã, casacos para neve, cachecóis e gorros, ela toda entusiasmada porque tinha vestido dois pares de collants, porque é uma friorenta do pior, quando, de repente, passa por nós uma cachopa de calçãozinho quase a ver-se as bimbocas, e um topezinho de alças a mostrar o "imbigo". Eu não estou a inventar! Isto é a pura das verdades, meus caros leitores. Nós até nos voltámos para trás e ficámos embasbacadas a olhar para a miúda.
Mas o desfile das mal-vestidas não ficou por aqui. Mais adiante, deparamo-nos com outra cachopa, desta feita vestida com um daqueles pijama-macacão muito in, com o feitio de um unicórnio, com chifre incluído no carapuço e tudo. E por cima, para completar a fatiota toda fashion, um blusão de cabedal.
E pensavam que ficava por aqui? Há mais! Ao fim da tarde, voltámos a deparar-nos com  outra moça, a sair de um estabelecimento público, de pijaminha e chinelo de quarto! Mas como estava um friozinho muito agradável, também esta vestiu um blusão de cabedal, o que dá um style de fazer inveja às inimigas.
Não sei o que se passa com a juventude de hoje, se isto de andar em pijama na rua agora é moda ou quê, porque no meu tempo na havia nada disto. Eu devo estar muito desatualizada nesta área, só pode. Alguém me sabe explicar o que se passa???
E prontos, é isto. Peniche está muito à frente no que toca a moda de inverno.

Durmam bem e bons sonhos, criaturas.
Com amor, 
Sara Marques

Trad.: "Chama-se moda, Brenda, vai pesquisar".
Pois, talvez seja eu que estou ainda a viver na era dos afonsinhos.
Tenho de me actualizar com as modas.
Mas acho que o que faltava ver hoje eram realmente umas Croc's.
E com meiinha por baixo para complementar ali a coisa.



sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Dicionário de expressões penicheiras

Hoje vou mostrar-vos algo diferente. Em 2017, iniciei o "projecto" de compilar palavras e/ou expressões ditas e ouvidas aqui na santa terrinha. Com a ajuda de vários amigos penicheiros de gema, e da minha experiência no terreno, o dicionário está a compor-se.

Almerroides ou almorródias - hemorróidas 

Atenção artificial - tensão arterial 
Alservar - observar
Análses - análises 
Antóinhe - António 
Antesdonte - anteontem
Assentar - sentar
Alimbrar - lembrar
Arrequelher - recolher
Álcare - álcool
Atanaz - tenaz
Adonde - onde
Auga - água
Arrexada - pancada
Atão - então 
Beráque - buraco
Bica bunato de soda - bicarbonato de sódio
Buída - bebida
Budêra - bebedeira
Basilca - vesícula 
Bombêre - bombeiro
Cadinhe - bocadinho
Cambra - câmara
Cásê - cá sei (sei lá/não sei)
Coida - côdea 
Companhêre - companheiro
Cáminéte - camioneta
Carapintêre - carpinteiro 
Casque - casco
Castrol - colesterol 
Cérve - cérebro 
Chê - cheio 
Chenéles - chinelos
Chora - autocarro urbano
Cerimoina - cerimónia
Ciclóine - tempestade
Chamusca - chamuça
Chóriçe - chouriço 
Crosca - crosta
Cólidade - qualidade
Côsa má linda - coisa mais linda
Décandas - onde é que andas?
Dendesde - desde
Derriade dos rinzes - dores nos rins
Dores na percical - dores na cervical 
Dejante - desejante ou desejoso
Desforço - esforço 
Deslargar - largar
Descadas ou escaides - escadas
Desmagrecer - emagrecer 
Desquecer - esquecer
Dexistir - existir 
Empaxar - estorvar
Enxemple - exemplo
Esbilico - anti-histamínico
Escandalosa - espondilose
Espinsóires - suspensórios
Esprites - espíritos
Estrume - estrondo
Esquersão - excursão 
Estrabedar - transbordar
Fê - feio
Fêra - feira
Ferruge - ferrugem
Fegarêre - fogareiro
Fezes - preocupações 
Fola - mar agitado
Fôtes - foste
Frivrifique ou figurino - frigorífico 
Gásól - gasóleo 
Górdenápe - guardanapo
Guemitar ou gómites - vomitar ou vómitos
Guelemices - gulodices 
Imblancia - ambulância 
Invinciado - viciado
Inzames - exames
Ingueniade - agoniado
Imen ou nimed - INEM
Hóme - homem
Jête - jeito
Jêtera - jeiteira (não tem jeiteira ou jeito) 
Jintar - jantar 
Jule - Júlio 
Lâra ou larota - sujidade
Lápes - lápis
Líder ou lidél - lidl
Licotes ou licótére - helicóptero
Lête - leite
Lonjura - muito longe
Mantêga - manteiga
Machinha - mão cheiinha
Mêdês - meu Deus
Menicade - comunicado
Melhér - mulher
Melhade - molhado 
Menza - mesa
Mê - meu ou meio (depende do contexto)
Mercar - ir à praça  (mercado municipal)
Migue - amigo
Nassê - não sei
Nalgas - nádegas
Nerves - nervos 
Nha - minha
Nine - menino
Ómessar / ómosse - almoçar / almoço 
Ómidade - humidade
Ódespois ou ópois - depois
Óliques - óculos 
Oltóquelante - autocolante 
Opuração - operação 
Ócsagéne - oxigénio
Penichêre - penicheiro
Perdute - produto 
Permnia - pneumonia
Pertante - portanto
Pêxe - peixe
Piconés - piones
Pinselina - penicilina
Piqueninine - pequenino
Pirum - peru
Plástica - plasma (tv)
Pôquexinhe - pouquinho (muito pouco)
Poribide - proibido
Poster - posto/canal televisivo
Preciosas - persianas 
Prosta - próstata 
Prosta no joelhe - prótese no joelho 
Prontes ou prantes - pronto
Quêmáde - queimado
Quemer - comer
Quemigue - comigo
Quêje - queijo
Queláre - claro
Quertár - cortar
Queréde - credo
Quespir - cuspir
Questelas - costelas
Queração - coração 
Querrês - correios
Quéte - quieto
Rabeçáde - rebuçado 
Resiste - registo
Resvirar - revirar
Regide - ruído 
Sacreficse - crucifixo
Sarrapatel - barulho
Seingue - sangue 
Segáde - sossegado
Sepápe - chapada 
Serve da cabeça - cérebro
Serripar - sorripar (chuviscar)
Sisne - sismo
Sobejar - sobrar
Sóce - sócio 
Tavem - estavam
Tauba - tábua 
Telfenia - rádio
Tinturas - tonturas 
Tóine - António
Trambelhe - trambelho (não tem trambelho ou jeito) 
Travões - trovões 
Triquelações - articulações 
Trêne - treino
Tufenar - telefonar
Vespra - vespa
Viétes - vieste
Zimbora  - vamos embora
Vitaru ou Viter - Vítor



A célebre Nau das Corvos para terminar em beleza 


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Alvo para este ano (e para os anos seguintes se eu não me passar de vez): Ser mais paciente

Já alguma vez experimentaram fazer uma lista de cenas do dia-a-dia que vos irrita? Eu fiz uma tão extensa, que no fim me deixou a pensar que talvez eu não seja assim tão paciente como eu me considerava. Mas tenho por alvo continuar a cultivar a paciência! 
Então, cá vai disto.

- Collants, daquelas fininhas, de vidro ou o raio que as parta, que se rasgam com a maior das facilidades. Parece invenção do "demo", um bicho nervoso do qual nem nos podemos aproximar para não o alvoraçar. Todas as semanas estrago um par de collants, mais vale sustentar um burro a pão de ló. Um dia destes, rasgaram-se logo depois de as vestir, mas não foram mais teimosas do que eu, tiveram de aguentar a tarde toda. Quando cheguei a casa à noite, já tinha o dedo grande do pé todo de fora e um rasgão a escalar-me pela canela acima! Que nervos.

- Limar as unhas. Não suporto. Parece uma tortura. A minha esteticista favorita já teve a oportunidade de ver as caretas que faço quando me arranja as unhas. Felizmente, isso é uma raridade.

- Camisolas de gola alta. Sinto que me querem estrafegar até à morte.

- Falsidade. Acho que é uma irritação geral. 

- Quando passo o dia a pensar nos petiscos deliciosos que tenho em casa, e quando lá chego, alguém já os comeu. 

- Quando me mandam calar. É uma falta de respeito.

- Sabichões, sofómanos, Mr. Know-it-all, o que lhes quiserem chamar. Aquelas pessoas que têm a mania que sabem tudo e, no final das contas, não sabem nada. Não há pachorra.

- Quando a rádio não toca as músicas que gosto. Que afronta!
As quatro estações numa semana?
Em Peniche temos disso.

- O "microclima" da minha terra. De manhã saio de casa toda agasalhada a pensar que está muito frio, chego a meio da manhã a destilar como um alambique, visto uma roupa mais fresca à hora do almoço, e a meio da tarde já estou a tremer o queixo e a formar estalactites nas narinas. Ninguém consegue compreender o clima desta terra levada da breca. Algo recorrente durante o inverno é termos manhãs em que chove tanto que dá vontade de pedir ao Noé que nos deixe entrar na arca, e as tardes são tão solarengas que até apetece ir molhar os "presuntos" à praia. É um clima bipolar, só pode.

- O trânsito em Peniche durante o verão. Passo-me dos carretos com o pessoal todo de férias e a passear, seja a pé ou de carro. Uma pessoa quer fazer a sua vidinha normal e demora meia hora de Peniche de Baixo a Peniche de Cima (normalmente demora-se uns dolorosos três minutos). E para piorar, o pessoal parece que fica meio aparvalhado e esquece-se como se conduz. A buzina até fica gasta. 

É a lista continua. Mas não vou acrescentar mais nada para não parecer que estou mal com a vida. 


Com amor, 
Sara Marques 





terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Só comigo (#1)

Bom dia, minhas coisinhas mais lindas! Está um dia tão bonito e solarengo (nada típico de Peniche), é feriado e só apetece ficar em casa a engonhar. 

Hoje lembrei-me de uma uma situação que me aconteceu há três anos atrás, e que dá vontade de viajar no tempo e dar um valente par de estalos a mim própria. É simplesmente vergonhoso.

Então, aconteceu na nossa lua-de-mel, em S. Miguel, Açores. Eram oito da manhã, no hotel, estávamos à espera do elevador para descermos para tomar o pequeno-almoço. Quando as portas do elevador abrem, sai uma senhora de nacionalidade alemã, que nos brinda com um sorriso e saúda-nos com "Guten morgen". Nós, ainda meio ensonados, tentámos cumprimentá-la também. O meu marido sai-se com uma mescla de inglês/alemão, balbuciando "Gooden mornen". Já eu, como aprendi alemão na escola secundária, ia responder no próprio idioma da senhora. Fiz uma pausa para compor as ideias, e digo... "Manhanha". Nós entramos no elevador, e, de repente, cai-me a ficha e digo ao David "Eu disse 'manhanha'. Mas que raio é 'manhanha'?". O que é certo é que rimos que nem perdidos. Estão a ver, isto é o que dá a presunção. É uma coisa má, muito má, que pode trazer grandes constrangimentos. 

Só comigo é que estas coisas acontecem. Como não é um caso isolado, vou tornar esta rubrica algo regular. Pelo menos entretenho-vos com os meus "infortúnios".

Com amor,
Sara Marques

Tradução: "Os meus últimos três neurónios a observar-me durante o dia"